sexta-feira, 30 de março de 2012

EMPARN participa da reunião de análise climática


O meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Gilmar Bristot, participou em Recife/PE, da reunião de Análise e Previsão Climática para o setor Norte do Nordeste do Brasil, que confirmou a previsão de chuva no semiárido e litoral do Rio Grande do Norte. As chuvas no interior do Estado durante o inverno serão normais ou abaixo do normal. Já no litoral da Região, há preocupação com os ventos que podem ocasionar chuvas fortes.

Segundo Gimar Bistroit, as chuvas só deverão cair a partir da próxima semana na região semiárida do Estado. No litoral, as precipitações deverão se concentrar mais nos meses de abril, maio e meados de junho. Ele chama a atenção para a possibilidade de ocorrência de chuvas mais fortes nessa região. "É preciso ficar atento e nós vamos emitir boletins de alerta quando necessário", disse.

Uma análise da previsão das condições oceânicas e atmosféricas da EMPARN realizada em novembro passado, mostraram a continuidade do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico Equatorial. Há tendência de que permaneça assim até o primeiro semestre de 2012. Anomalias positivas da temperatura da superfície do mar aliadas a um predomínio de normalidade no Oceano Atlântico, indicam tendência de chuvas variando entre normais e acima da média sobre o Nordeste do Brasil.

Emparn 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Seca furiosa

 
Por.: Roberto Malvezzi (Gogó)
Site da ASA Nacional

Como ainda não encerrou o período de chuvas no semiárido, não é possível confirmarmos uma das menores pluviosidades das últimas décadas, particularmente onde se convencionou chamar de Polígono das Secas. O fato é que a data simbólica de São José passou e as chuvas vieram em pouca quantidade. 

Na verdade, segundo o INPE, deveríamos estar no auge de uma grande seca, que se estenderia de 2006 a 2011. Parece que o período se estendeu, o que agrava a situação. Os barreiros secaram, assim como os pequenos açudes, as cisternas estão com pouca água, muitas sem água. Na Bahia 158 municípios podem entrar em emergência. 

Na verdade, se essa situação acontecesse trinta anos atrás, como em 1982, já estaríamos atravessando uma nova tragédia social no semiárido, com intensas migrações, morte dos animais, mortalidade infantil, com necessidade das famigeradas frentes de emergência, assim por diante. Hoje, com a aposentadoria dos rurais, com as cisternas como depósito para pipas (nesse momento não dá para escolher, desde que a água seja tratada), com o Bolsa Família, com a chegada da energia nas comunidades, a situação é grave, mas não é mais uma tragédia como viu a geração de Luis Gonzaga, Graciliano Ramos, João Cabral, assim por diante. 

Vão surgir muitos questionamentos sobre as políticas adotadas para vencer essa situação, como vão surgir novamente propostas miraculosas para “acabar com a seca”. Nós, que temos desenvolvido a lógica da convivência com o semiárido não estamos surpresos com esse momento. Sabemos que o semiárido tem uma média de chuvas que varia entre 300 e 750 mm ao ano. Há poucos anos em que há chuva excessiva. Há poucos com chuvas beirando os 300 mm. Mas eles existem. 

Portanto, o grande segredo da convivência é a prevenção. A lógica de armazenar a água de chuva nos períodos chuvosos para os períodos secos, a fenagem e a silagem para os animais, a difusão e implantação de um leque poderoso de tecnologias sociais que a sociedade e a Embrapa Semiárido já dominam, a educação contextualizada das comunidades para entender melhor a lógica da região na qual vivem, são as melhores soluções encontradas até hoje.  

Quando a prevenção não é suficiente, é necessário recorrer às medidas de emergência. Emergências acontecem em qualquer lugar do mundo. Não é preciso fazer loucuras como as cisternas de plástico e obras como a Transposição, já orçada em 8,2 bilhões de reais, dinheiro suficiente para fazer 90% das adutoras previstas no Atlas do Nordeste.

Pois bem, falta muito no semiárido para que a população tenha uma infraestrutura adequada para enfrentar essas situações. Além das tecnologias sociais e familiares, faltam ainda as adutoras para os centros urbanos.  Com essa variedade de obras e medidas para enfrentar os períodos mais agudos, esses cenários no semiárido serão sempre mais facilmente contornáveis, já que o clima não muda, e se mudar, como prevê a mudança climática do planeta,  vai ser para pior.
Noticias do Campo. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Distribuição de sementes

 O Analista de Extensão Rural da Emater de Felipe Guerra, Hudson Ramalho, comunica aos presidentes dos bancos de sementes do município que as sementes de milho, feijão e sorgo já se encontram no escritório local da Emater.