quinta-feira, 28 de junho de 2012

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O EXAME DE SELEÇÃO FETARN/EAJ 2012.2


 


De 26 de junho a 20 de julho de 2012 a FETARN e a Escola Agrícola de Jundiaí - EAJ estarão com inscrições abertas para o exame de seleção 2012.2, com 50 vagas para o Curso Técnico em Agropecuária e 30 vagas para o Curso Técnico em Agroindústria.
Os critérios para a seleção são: Ensino Médio Completo; Ser Jovem Trabalhador (a) Rural; Ser Sócio (a) e ter boa relação com o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais; Ter participado de alguma atividade sobre desenvolvimento rural; Ter capacidade de articulação; Aptidão para trabalhar com agricultura familiar e Concordar com as normas da Escola Agrícola de Jundiaí/EAJ.
As inscrições custam R$ 20,00 (vinte reais) que serão feitas através de depósito identificado, após o pagamento os (as) candidatos (as) devem encaminhar para a FETARN a seguinte documentação: Cópia do RG e CPF; Carteira de Sócio (a) do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e Comprovante de Pagamento da Inscrição. As provas são de matemática, português (nível fundamental) e redação, serão realizadas no dia 29 de julho na sede da FETARN as 08:00 horas. 
 
O Convênio FETARN/EAJ

Desde 2001 a FETARN em parceria com a Escola Agrícola de Jundiaí vem formando jovens trabalhadores (as) rurais de todo o Rio Grande do Norte, na perspectiva de desenvolver uma assistência técnica voltada para a agricultura familiar. Já se formaram por este convênio, em média, 500 jovens no Curso Técnico em Agropecuária, que são inseridos no mercado de trabalho e ocupam cargos em diversas organizações e instituições.
Fetarn.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Projetos apresentados na Rio+20 podem aumentar os investimentos na caatinga

Diversos projetos ambientais foram apresentados na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, denominada Rio+20. Entre os projetos que foram mostrados e que deverão influenciar na vida de muitos mossoroenses está um documentário sobre a caatinga.  
Segundo Ramiro Camacho, professor Doutor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e um dos criadores do documentário, o material entregue e exibido na Rio+20 poderá trazer novos investimentos para a região do semiárido nordestino. 
Ele explica que os novos investimentos serão principalmente para a recuperação e preservação da caatinga. Além da verba para preservar a fauna e a flora, parte do dinheiro também deve ser investido em projetos e programas socioambientais, ou seja, aqueles que visam a ajudar pessoas que dependem do meio ambiente para sobreviver. 
“Manifestamos na Rio+20 que temos a necessidade urgente de cuidar do nosso meio ambiente. A minha parte no projeto é mais sobre a recuperação e preservação da caatinga, no entanto, existem outros autores e outros projetos que focaram mais o lado socioambiental. Acredito que novas políticas e investimentos serão traçados para nossa região e no próximo ano já teremos alguma melhora”, comenta o professor Ramiro. 
Para quem mora na zona rural e depende do meio ambiente para tirar o sustento dele e da família, os projetos do Governo não podem demorar. Há 60 anos trabalhando na lavoura, Antônio de Medeiros, conhecido popularmente como Antônio Mossoró, conta que este ano foi de grande prejuízo para quem trabalha e depende da agricultura. 
“Essa foi a pior seca que vi desde 1958. Tudo que a gente plantou se perdeu. Tivemos prejuízos com o milho, feijão e a mamona. Este ano não dá para tirar nem o alimento da gente e nem os dos bichos. O restinho do alimento que a gente tem vai dando ao animal, mas daqui a pouco ele acaba”, afirma o experiente agricultor. 
Para Antônio Mossoró, uma das formas de amenizar os prejuízos da seca é o Governo Estadual diminuir o valor cobrado pela energia elétrica. Ele revela que, se a energia fosse mais barata, os agricultores conseguirem plantar e colher sem ter muito prejuízo, pois poderiam regar a plantação e substituir as chuvas. 
“Se for ligar as bombas para aguar toda a plantação de milho, feijão e mamona, a conta de energia vai dar de R$ 800,00 a R$ 1.000,00. Este preço de energia não compensa para o produtor. Fica muito caro”, dispara. 
O agricultor avisa que o ideal seria que a conta de energia viesse em, no máximo, R$ 300,00. Caso o valor fosse esse, ele garante que irrigar a plantação e garantir a colheita dos alimentos seria algo compensador. “Se a conta fosse menor dava para plantar e poder colher alimento para a gente e para os animais. Se o Governo quer ajudar os agricultores da zona rural devem diminuir o preço da energia”, declara. 
Jornal Gazeta do Oeste.

sábado, 23 de junho de 2012

ANIVERSARIANTE DO DIA

 
Antonio de Souza e Silva, Presidente do STTR

“Parabéns por esse dia tão especial, muita alegria, paz e harmonia. Que todos os seus desejos se realizem, pois você merece. Feliz aniversário!” São os votos de toda Diretoria do STTR de Felipe Guerra/Rn

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Dilma cobra financiamento do desenvolvimento sustentável

Rio de Janeiro – A presidenta da República, Dilma Rousseff, usou seu discurso, na cerimônia de abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), para mandar um recado aos países desenvolvidos que se posicionam contra a criação de um fundo para financiar o desenvolvimento sustentável nas nações mais pobres. Segundo ela, as promessas de financiamento não se materializaram nos “níveis necessários”.

“A transferência das indústrias mais poluentes, do Norte para o Sul do mundo, colocou as economias desenvolvidas no rumo de uma produção tida como mais limpa. Mas deixou pesada a carga e a conta socioambiental para os países em desenvolvimento. A promessa de financiamento do mundo desenvolvido para o mundo em desenvolvimento com vistas à adaptação e à mitigação ainda não se materializou nos níveis prometidos e necessários”, disse a presidenta.


Dilma também lembrou que o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, em que os países ricos teriam mais responsabilidade que os pobres na promoção do desenvolvimento sustentável, “tem sido, muitas vezes, recusado, na prática”.


Em seu discurso, a presidenta também disse que os compromissos de redução das emissões de gases poluentes, previstos pelo Protocolo de Quioto, não foram atingidos, e que várias conquistas da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), permanecem no papel. “Temos a responsabilidade de agir para mudar esse quadro”.


Segundo ela, nesse cenário de crise econômica mundial, a tentação de manter os interesses nacionais acima dos temas globais é forte. “A disposição política para acordos vinculantes fica muito fragilizada. Não podemos deixar isso acontecer”, observou.


A presidenta disse ainda que o modelo de desenvolvimento do Brasil, que avança no sentido da sustentabilidade, autoriza o país a demandar mais contribuição dos países desenvolvidos. Na sua avaliação, o documento final da Rio+20 trouxe avanços, entre eles a introdução da erradicação da pobreza como desafio global, o pioneirismo de falar de igualdade racial, a criação do Fórum de Alto Nível global para tratar do desenvolvimento sustentável, o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e o reconhecimento de que o Produto Interno Bruto (PIB) é insuficiente para medir a riqueza dos países.
Jornal de Fato.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Seca provoca desabastecimento no Programa Leite Potiguar

A seca no Rio Grande do Norte, que já atinge seriamente mais de 139 municípios, compromete a produção de leite do estado e o abastecimento do Programa Leite Potiguar, que tem uma demanda diária de aquisição e distribuição de 155 mil litros por dia, sendo 145 mil de leite de gado e 10 mil de leite de cabra. A estiagem já provocou uma redução no abastecimento em torno de 30%, que corresponde a aproximadamente 50 mil litros diários.

Em algumas regiões, a escassez do produto compromete sua oferta para o Programa, como nas regiões do Seridó e da área metropolitana de Natal, uma vez que os produtores contam com mais opções para comercialização do produto. É o caso do Seridó, onde o produto escasso, é direcionado para venda às queijeiras.

De acordo com Ronaldo Cruz, diretor geral do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Emater-RN), as medidas governamentais para minimizar a escassez do produto vêm sendo tomadas.

"O preço do leite de cabra foi ampliado para R$ 1,50. Já o leite da vaca saiu de R$ 0,80 para R$ 0,83. Isso para atenuar o comprometimento da produção da bacia leiteira. Não descartamos a ampliação deste valor para assegurar ao beneficiário do programa que este receba o leite diariamente", explicou Ronaldo Cruz.
Tribuna do Norte.

 

    terça-feira, 19 de junho de 2012

    Sebrae faz doação de quatro toneladas de frutas expostas na Expofruit ao programa Mesa Brasil

    O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae/RN) doou as frutas expostas na 16ª Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit), terminada sexta-feira (15), para o projeto Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (Sesc). As frutas correspondem a cerca de quatro toneladas de alimento e foram expostas na Expofruit Espaço Sebrae.
    A doação, constituída principalmente por melão, mamão, banana e coco, beneficiará o abrigo Amantino Câmara, Associação de Portadores de Câncer de Mossoró e Região, Grupo GAV+ e Associação dos Renais Crônicos, entidades atendidas pelo Projeto Mesa Brasil, que é uma iniciativa de segurança alimentar e nutricional consistindo na captação de alimentos excedentes e distribuição a instituições sociais cadastradas.
    O diretor-técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti Júnior, diz que a iniciativa deve servir de exemplo para empresas que se enquadram no perfil de doador. "Esta parceria é muito positiva, pois só traz benefícios. Estamos dando um destino certo aos alimentos expostos e ao mesmo tempo levando alimentação de qualidade para quem necessita. Esse é um exemplo que merece ser seguido", pontua.
    Segundo ele, ações que estimulam a sustentabilidade serão marcas dos projetos desenvolvidos pelo Sebrae no Rio Grande do Norte ao longo dos próximos anos. Além de preservar o meio ambiente ao utilizar de forma racional os recursos naturais, também trazem benefícios diretos à população, como a doação dos alimentos ao Mesa Brasil.
    Para o gerente da Unidade do Sesc em Mossoró, Luiz França, a doação dos alimentos pelo Sebrae-RN representa um importante momento para o Mesa Brasil. "Logo que eu soube da notícia vim direto ao Expocenter para acertar os detalhes. Cada doação que recebemos é sempre muito benvinda e estamos felizes com este momento, que representa benefícios para tantas pessoas", avalia.
    Além do Projeto Mesa Brasil, o Sebrae também beneficiará a Associação Comunitária Reciclando para a Vida (Acrevo), para onde será doado material reciclável, banners de peças publicitárias, etc. 

    O Mossoroense.

    Negociadores chegam a documento final da Rio+20

     Depois de mais de 14 horas de negociações, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou às 2h30 de hoje (19) a conclusão do texto da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Ele sinalizou que foi refeito o último rascunho, finalizado no sábado (16), incluindo ajustes de "último minuto". Também indicou que haverá nova plenária nesta terça-feira, às 10h30, que ainda pode modificar o documento.
    A delegação do Brasil convocou uma plenária, às 2h20 da madrugada de hoje, que durou menos de dez minutos. Segundo Patriota, o texto finalizado será divulgado para as delegações dos 193 países a partir das 7h. Depois, ocorrerá uma plenária. Nela, qualquer delegação pode rejeitar propostas e se manifestar, discordando em relação a itens contidos no texto.
    Após a plenária da madrugada, o chanceler fez uma breve declaração à imprensa. "Temos um texto e fizemos o possível para incorporar o máximo, inclusive negociações e consultas de último minuto. Quero agradecer a todos pelo espírito de cooperação e liderança", disse ele.
    "Mantivemos o compromisso de concluir o exercício da noite de ontem [18] até hoje. O texto será tornado acessível até as 7h porque precisa de uma revisão técnica. Haverá uma plenária amanhã [19] às 10h30".
    Os negociadores disseram que no documento há de forma clara a recomendação para o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e indicações para que, no futuro, seja criado um órgão independente. Há ainda detalhes sobre a proteção das águas oceânicas e uma espécie de bloco destinado aos financiamentos, mas sem cifras exatas.
    No entanto, ficará para outro momento de negociações a proposta do Brasil e dos países em desenvolvimento para a criação de um fundo específico para o desenvolvimento sustentável. A ideia era criar o fundo com recursos iniciais de US$ 30 bilhões, mas que até 2018 alcançaria US$ 100 bilhões.
    Os representantes dos países ricos vetaram a proposta, alegando dificuldades econômicas internas. A União Europeia anunciou ontem à noite, por meio de declaração, que o ideal era levar as negociações para o nível de ministros, retirando o debate do âmbito de diplomatas e técnicos.
    Os negociadores se dividiram ontem, ao longo do dia, em quatro grandes grupos dedicados às questões sem acordo. Houve debates sobre as fontes de financiamentos para a implementação das metas fixadas, as definições referentes à regulamentação das águas oceânicas, o fortalecimento do Pnuma e o detalhamento relativo à economia verde.
    Em relação ao Pnuma, foram feitas duas alterações, incluindo o fortalecimento do programa e a possibilidade de ele ser ampliado e se tornar, no futuro, um organismo autônomo. A delegação brasileira defendia a criação imediata de um órgão independente incorporando o Pnuma, nos moldes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
    O capítulos destinado aos meios de implementação, que se referem aos mecanismos de financiamentos, devem mencionar citações diretas sobre fontes múltiplas (privadas, públicas e organismos internacionais). Mas, ao que tudo indica, segundo os negociadores, não haverá menções diretas sobre as cifras específicas.
    Fonte: Agência Brasil

    Emater garante que RN paga o 3º maior preço do leite

    A Emater/RN realizou pesquisa sobre o preço do leite praticado no PAA LEITE, nos Estados do Nordeste e Minas Gerais (o Nordeste de Minas Gerais também é atendido pelo Programa). Dos valores obtidos, observa-se que o preço do leite de gado já assegurado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte é o 3º maior praticado nos programas estaduais, isto sem considerar, no cálculo, o desconto do frete.

    Segundo o diretor geral do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN, Emater-RN, Ronaldo Cruz, a pesquisa realizada junto aos responsáveis pelos programas do leite em cada um dos estados oferece condições para um comparativo de preço praticado pelo Governo do Rio Grande do Norte, já que coloca os preços praticados em uma base de dados comum.
    Os dados mostram que apenas o Estado do Rio Grande do Norte faz o pagamento diretamente ao Laticínio e ao produtor, de forma separada. Assim, no RN, o preço do leite anunciado no programa é o preço efetivamente pago ao produtor. Nos demais estados, o pagamento é feito somente ao laticínio, que repassa a parcela do produtor.
     Nesta operação, os laticínios descontam do produtor 2,3% sobre o preço do litro estabelecido no programa, referente à Contribuição Especial da Seguridade Social Rural (CESSR) e o valor do frete, que é função da distância entre o produtor e o laticínio que faz o processamento.

    segunda-feira, 18 de junho de 2012

    Agricultura orgânica: opção sustentável

    Técnica beneficia produtores, consumidores e o meio ambiente, sem comprometer a lucratividade 
     A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio + 20, que acontece até a próxima sexta-feira, 22, volta a chamar a atenção sobre a necessidade de adotar posturas que unam economia à preservação do meio ambiente.
    Apesar dos avanços em pesquisas, por parte das nações desenvolvidas, para o Rio + 20, a perspectiva é de que os países subdesenvolvidos apresentem mais propostas relacionadas ao tema, segundo a opinião do consultor de Agricultura Orgânica e Dinâmica Roberto Brígido, que também presta consultoria ao Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (SEBRAE).
    Ele, que também é professor aposentado da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), comenta que a questão da emissão de gases para o meio ambiente e os aumentos de temperatura que essa emissão deve causar vem sendo bastante debatida.
    Segundo o consultor, existe um trabalho que deve ser desenvolvido a fim de que o aumento da temperatura até o ano de 2050 não ultrapasse os dois graus. Caso esse aumento supere o limite estipulado, haverá desequilíbrio generalizado.
    Para que isto aconteça, é preciso preservar nossas matas e vegetação e partir para um nível de manejo na agricultura que respeite a natureza, técnicas que podem ser encontradas na agroecologia.
    Uma delas é a agricultura orgânica. Roberto Brígido explica que as vantagens da agricultura orgânica beneficiam, primeiramente, os produtores, pois quando eles manejam organicamente não fazem uso de adubo sintético e nem de veneno, sem falar que movimentam pouco o meio ambiente. "Os danos são mínimos em relação à questão", argumenta.
    O segundo grupo contemplado é o de consumidores. "São bem mais saudáveis", informa Roberto Brígido, acrescentando que os alimentos possuem mais nutrientes, não fazem mal à saúde e, quando levada em consideração a questão do custo benefício, ainda são mais econômicos do que os demais produtos.
    Por fim, o meio ambiente também é beneficiado. Isso porque, segundo o consultor, este tipo de agricultura não se desenvolve à custa do desmatamento e movimenta pouco o solo, porque mantém a cobertura verde, o que diminui a emissão de gases. "Você trabalha como se você fosse imitar a natureza", explica.
    Outro grande benefício para o meio ambiente e para os produtores é a economia de água. Como a agricultura orgânica mantém a terra sempre coberta, a água evapora menos, reduzindo a necessidade de consumo. O consultor diz que o trabalho não consiste em um meio de combate à seca, mas permite que, com uma menor quantidade de água, posa haver melhor aproveitamento.
    Mais do que uma alternativa, a agricultura orgânica é uma necessidade, segundo comenta o próprio consultor: "A necessidade é de uma das coisas mais importantes hoje em dia para a humanidade, que é a alimentação saudável". Ele lembra que a maior parte das doenças que acometem as pessoas na atualidade está relacionada à alimentação, seja pela quantidade ou pela qualidade inadequada. Para ele, se todas as pessoas tivessem a oportunidade de ingerir apenas alimentos orgânicos, as doenças diminuiriam consideravelmente. "Quando você trabalha com agricultura orgânica, você está colocando na mesa das pessoas um produto de qualidade", reforça.
    A agricultura orgânica, no entanto, ainda é uma prática predominante apenas entre os pequenos produtores. "Os pequenos produtores detêm em torno de 70% a 80% da agricultura orgânica no Brasil", informa Roberto Brígido.
    Porém, ele acrescenta que isso não significa que os grandes produtores não trabalhem organicamente e dá uma boa notícia. No Brasil, já existem grandes produtores que adotam a prática, alguns deles localizados na própria região Nordeste. A maior parte desta produção é destinada à exportação.
    A adesão por parte desse grupo ocorre porque a prática também possibilita uma produção em longa escala, sem que haja prejuízos. "É possível sim", enfatiza o consultor.

    DO CONVENCIONAL AO ORGÂNICO - A transição da produção convencional para a agricultura orgânica obedece a normas que variam de acordo com a legislação de cada país. Roberto Brígido explica que é necessário um período de transição, chamado de tempo de conversão, período necessário para que a terra se desintoxique, se livrando das práticas atuais. No Brasil, este tempo é de, em média, um ano e meio. Mas enquanto isso, os produtores podem dar continuidade aos seus trabalhos na agricultura, o que impede que sofram prejuízos econômicos.
    De acordo com o consultor, eles continuam produzindo no mesmo local, sendo que passam a manusear o solo organicamente. Os produtos podem ser comercializados normalmente e o tempo que cada cultura leva para se desenvolver não é alterado com a mudança do método, mas eles só ganham o selo e a certificação de produto orgânico quando os critérios estabelecidos por lei forem alcançados. Isso porque, atualmente, para poder ser comercializado como produto orgânico o produto tem que possuir o selo do Ministério da Agricultura.
    Em Mossoró, os produtos vendidos pela Associação dos Produtores e Produtoras da Feira Agroecológica de Mossoró (APROFAM) possuem a certificação. Eles são vendidos aos sábados, na lateral do Museu.
    Gazeta do Oeste.

    Cúpula dos povos na Rio+20


     Felipe  Guerra, vai ser representada na Cúpula dos povos na Rio+20, pela
    Comissão de Mulheres do STTR, a senhora: ANTONIA SUELY.
    A cúpula  dos povos na Rio+20, por Justiça Social e Ambiental, é um evento organizado pela sociedade civil global, paralelamente à conferência das Nações Unidas, sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD) A Rio+20.  Para enfrentar os desafios dessa crise sistêmica, a cúpula dos povos não será apenas um grande evento.   Ela faz parte de um processo de acúmulos históricos e convergências das lutas locais, regionais e globais, que tem como marco político a luta antecapitalista,
    classista, antirracista, antipatriarcal e anti-homofóbica. 
    Na oportunidade a Comissão de Mulheres do Sindicato Rural agradece a todos que colaboraram para que houvesse uma representação felipense no evento.

    sexta-feira, 15 de junho de 2012

    Participação do RN na 1ª Plenária Nacional da Terceira Idade

    Delegados Sindicais do Rio Grande do Norte tem participação garantida na 1ª Plenária Nacional da Terceira Idade com 12 delegados (as) e o assessor de Políticas Para a Terceira Idade Rural Paulo José que representam os Sindicatos do RN e a FETARN.
     
                      Foto: Paulo José
                     Foto: Paulo José

    Cadastro na CONAB

      Mais uma ação do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Felipe Guerra, com a preocupação da estiagem do nosso município, o Sr. Antonio de Souza e toda diretoria do sindicato, decidiram  fazer o cadastro da CONAB, para a compra do milho, tentando minimizar a fome dos animais, lembrando que este milho e Transgênico não serve para armazenamento e plantio, é só para o consumo animal.

    quinta-feira, 14 de junho de 2012

    Emater-RN promove encontro da agricultura familiar na Expofruit 2012

                                        Agricultores familiares paraticipam da Expofruit 2012
     
    Um seminário sobre "Tecnologia de convivência com a seca" e uma exposição de frutas e outros gêneros alimentícios são parte da programação do 6º Encontro da Agricultura Familiar, destinada aos pequenos produtores rurais durante a Expofruit. O evento será aberto hoje (13) e prossegue até a sexta-feira (15), na Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa), no município de Mossoró, região oeste do estado.

    A programação destinada aos agricultores familiares é patrocinada pelo Governo do Estado, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) executada pela Emater-RN. 
     
    Segundo o chefe do Escritório Regional da Emater-RN em Mossoró, extensionista rural Abraão Queiroga, o objetivo da participação dos 200 agricultores familiares na exposição é possibilitar o conhecimento de novas tecnologias, comercializar a sua produção e manter a cadeia produtiva da fruticultura irrigada mais fortalecida .
    A caravana de agricultores familiares é composta por 200 procedentes dos seguintes municípios oestanos: Mossoró, Apodi, Caraúbas, Serra do Mel, Governador Dix sept Rosado e Baraúna.
     
    O seminário sobre "Tecnologia de convivência com a seca" será realizado na sexta-feira, dia 15. As palestras e debates serão ministrados pelos secretários da Agricultura, Betinho Rosado de Recursos Hídricos, Gilberto Jales, e pelo delegado estadual do MDA, Raimundo Costa. 

    segunda-feira, 11 de junho de 2012

    Programa Nacional de Fortalecimento das Entidades Sindicais

    A Oficina preparatória de multiplicadores e multiplicadoras de ação de base, finaliza suas atividades neste dia (07) com grande avaliação positiva dos participantes e dos dirigentes da FETARN - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte.
    Foram 03 dias de muita atividade e reflexão sobre o PADRSS - Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário com enfase no contexto atual, muitas discussões e propostas para melhoramento da nossa ação de basel.
    Esta prevista uma segunda oficina para os pólos regionais que não puderam participar desse primeiro.
     
    Fetarn.
     

    sexta-feira, 8 de junho de 2012

    REIVINDICAÇÃO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA

                 Ministro Pepe Vargas, com a carta de reivindicação nas mãos

                       Comitiva de Agricultores(as) e Técnicos(as) no evento


     Na última segunda-feira (04) na solenidade de entrega de retroescavadeira para 26 municípios do Rio Grade do Norte, uma comitiva de Agricultores, técnicos e sindicatos rurais do Território Sertão do Apodi, estiveram entregando uma carta de reivindicação ao Ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, a referida carta solicita entre outras coisas a continuidade da Assistência técnica do Projeto Dom Helder Camara – PDHC, respeitando a metodologia de trabalho que vem se perpetuando durante 10 anos, onde a mesma vem dando resultados significativos para vários agricultores(as) atendidos por esse projeto, que é referência em Assistência Técnica.
    A carta com as reivindicações foi entregue nas mãos do Ministro Pepe Vargas, pela Presidente do Comitê Territorial do Sertão do Apodi, Aurinete, que após entregar uma cesta com os produtos da agricultura familiar juntamente com a carta de reivindicações falou expressivamente da importância do PDHC para a sustentabilidade da produção dos agricultores.

    Fonte: Abelhudo News

    quarta-feira, 6 de junho de 2012

    Produção de grãos será reduzida em mais de 90%

    O  Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou ontem o nono levantamento da safra de grãos 2011/12 apontando que a estiagem castigou a produção em geral no Brasil, com queda de 20,2 % em relação à safra passada, ou seja, de 3,2 milhões de toneladas de produtos, basicamente milho e feijão. No Semiárido, as perdas foram superiores a 80%. Somente no Rio Grande do Norte, a redução ficou em 89,6% para o feijão e 91,9% para o milho. No Ceará, houve queda de 84,7% e de 87%, respectivamente.


     O agricultor potiguar vem sentindo o baque da seca em culturas como o milho: prejuízos


    Segundo o Mapa, a forte estiagem registrada na região do Semiárido nordestino causou perdas expressivas na pecuária e na agricultura. As culturas de feijão e de milho se apresentam nas mesorregiões Litoral Leste e Agreste do Rio Grande do Norte, Sertão e Alto Sertão da Paraíba, Agreste de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Nordeste da Bahia.

    OTIMISMO

    Mesmo com os números negativos, o Mapa trabalha com indicativos de que ainda haverá safra nas áreas litorâneas, porque o período de plantio só se encerra no  mês de junho.

    Levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta para uma safra de 161,23 milhões de toneladas de grãos no país, com um crescimento de 53,1% na produção do milho segunda safra, o equivalente a 11,42 milhões de toneladas (t), que terminou ajudando no desempenho do período.

    Por considerar que as condições climáticas favoráveis e o fato de a colheita já ter se iniciado nos principais estados, o governo acredita que a produção desta cultura, no próximo levantamento, seja ainda superior à previsão atual. A produção total de milho, primeira e segunda safras, é estimada em 67,79 milhões de toneladas, superando a de soja, com 66,37 milhões de toneladas.

    Apesar do crescimento da produção de milho segunda safra e do impacto na produção total de grãos, o estudo aponta retração de 1 % se comparado aos resultados da safra 2010/11 no mesmo período, quando atingiu 162,80 milhões de toneladas. Esse resultado representa uma redução de 1,57 milhão de t.

    O recuo se deve, principalmente, às condições climáticas não favoráveis, principalmente, no período entre 15 de novembro/2011 e 15 de janeiro/2012, que afetaram mais as lavouras de milho e de soja, sobretudo nos estados da região Sul, parte da Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul. Outro motivo desta diminuição foi a estiagem nos estados nordestinos, que causou perdas em todas as culturas.

    A estimativa total de área plantada  no país é de 51,05 milhões de hectares, 2,4% maior que a cultivada na safra 2010/11, de 49,87 milhões de ha. Isto representa um aumento de 1,17 milhão de hectares.

    Governo estuda reajuste do leite

    O diretor geral do Instituto Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RN), Ronaldo Cruz, confirmou que está em discussão o pleito dos pecuaristas do estado de reajuste de preços do leite fornecido ao governo. Ele também disse que o Estado estuda a possibilidade de comprar leite em pó para distribuir a idosos, nutrizes e crianças carentes. A medida seria necessária por conta da quebra em 40% do fornecimento do leite pelos dois consórcios contratados pelo Estado, que não estão, segundo ele, dando conta da produção por causa da estiagem: "O que não pode faltar é leite para os beneficiários do Programa".

    Ronaldo Cruz diz que a cadeia produtiva do leite defende o reajuste no valor de compra do governo para o programa, mesmo que no fim de maio o preço tenha passado  de R$ 0,80 para R$ 0,83, por decisão da governadora Rosalba Ciarlini.

    Cruz explica que a política de preços para o Programa do Leite, que é executada nos nove estados do Nordeste e norte de Minas Gerais e no Espírito Santo, é decidida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

    Segundo Cruz, os preços praticados pelo governo são direcionados a uma política de fomento "e o MDS está estudando um ajuste de preços". Porém, continuou ele, o preço não pode ser o mesmo de mercado, como defendem os agropecuaristas.

    Previsão de chuva não afasta pessimismo

    A expectativa do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Note (Fetarn), Ambrósio Lins do Nascimento, não é otimista com relação a produção agrícola na região leste do Estado, mesmo que chova até agosto."No Agreste já se sabe que, se houvesse inverno, ainda era época de chuvas, mas, se chover agora, também não vai amenizar a fome do pessoal dessa região", disse Ambrósio Lins.

    Mesmo que chova nesses dois meses, o presidente da Fetarn ainda acredita que a colheita da safra não chegue a 30% do plantio de mandioca e feijão, típica da região Agreste: "Nas outras regiões a safra não chega a 10%".

    Já os agropecuaristas potiguares ainda esperam salvar até 60% do rebanho bovino no Estado. Os meteorologistas da Emparn preveem que o inverno nas áreas Leste e Litoranea do Rio Grande do Norte seja normal. O presidente da Associação Norteriograndense de Criadores (Anorc), Marcos Teixeira, acredita que "ha esperanças, agora, se não chover, só Deus sabe como vai ficar".

    Marcos Teixeira estima que as perdas do rebanho fiquem limitadas a 40%, uma vez que criadores de outras regiões já estão alugando pastagens na região Agreste ou comprando bagaço de cana-de-açúcar para "escapar" com o gado vindo da região semiárida, na tentativa de amenizar os efeitos da estiagem. O obstáculo é o custo. O bagaço de cana, que é desperdício para usina de açúcar e álcool ou é usado para geração de energia, está sendo vendido a R$ 100,00 a tonelada para os agropecuaristas darem como forragem para o gado. "Para fazer o açúcar, as usinas compram a cana ao produtor por R$ 67,00 a tonelada".

    O presidente Anorc disse que a associação de classe não tem força para rever a situação de crise no setor agropecuário, provocado pela estiagem. "É preciso força política para isso, o que não está existindo, porque o governo está mais preocupado com eleição". Ele também criticou a informação de que o Governo vai adquirir "leite em pó para distribuir às famílias carentes", enfraquecendo ainda mais o setor.

    O chefe do Setor de Meorologia da Emparn, Gilmar Bristot, explicou que mesmo em períodos normais de inverno, "sempre há ocorrência de veranicos" na região Agreste entre fim de maio e começo de junho. No entanto, Bristot informou que a partir do meio desta semana, "ocorra uma incidência maior de chuvas, porque as condições no oceano e de vento estão normais

    Tribuna do Norte.

    segunda-feira, 4 de junho de 2012

    Manejo sustentável é opção de renda na Caatinga


    O bioma predominante no semiárido potiguar, a caatinga - que no Rio Grande do Norte ainda possui 53% de área remanescente - o que equivale quase ao tamanho do estado de Alagoas) pode ser uma fonte de renda permanente e lucrativa para o sertanejo. De forma legal e planejada, é possível tirar o sustento do corte da vegetação nativa, seja para uso residencial, da indústria ou do comércio, sem causar desmatamento e erosão. Essa alternativa tem nome: manejo florestal sustentável.

    "O consumo de lenha em nosso país e, principalmente, no Nordeste é uma realidade e tem que continuar existindo, mas é possível continuar cortando lenha, de forma  legalizada, ordenada e sustentável", afirma o chefe da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal Brasileiro, Newton Duque Estrada Barcellos. Ele anunciou que, na semana passada, o SFB,  órgão do Ministério do Meio Ambiente, começou a selecionar áreas do Seridó e da Chapada do Apodi para implantar projetos de manejo florestal comunitário na caatinga.


    Com o manejo sustentável, o bioma da Caatinga será uma nova alternativa econômica para as populações do semiárido do Estado


    A prioridade serão os assentamentos rurais e a agricultura familiar. No Seridó, o objetivo é legalizar o corte de lenha para uso da cerâmica vermelha; e na Chapada do Apodi, para a indústria do cal. No Estado, a expectativa da Unidade Regional Nordeste da SBF é de que o manejo florestal comece a ser implantado a partir do segundo semestre deste ano. Por ano, o consumo total de lenha no RN pelos setores industrial e comercial, seja para o uso direto ou para a transformação em carvão vegetal, é de 2 milhões de metros.

    Atender essa demanda, de maneira sustentável e legalizada, exige o manejo de uma área de 200 mil hectares, segundo dados do SFB. Newton Barcellos explicou que o governo federal já garantiu recursos da ordem de R$ 3 milhões para atender todo o semiárido, principalmente, o RN e o Ceará, estados que possuem poucos planos de manejo florestal sustentável. "Os planos que existem (em torno de 25)", afirmou Newton Barcellos, "estão restritos a grandes proprietários".

    No Estado, do consumo anual, apenas 4% é legal, segundo Newton Barcellos. Ou seja: 96% da caatinga é extraída ilegalmente. Em praticamente todo o semiárido potiguar, o sertanejo pratica, principalmente, na estiagem, o corte da vegetação nativa, seja para matar a fome do rebanho, seja para comercializar a lenha ou mesmo para uso doméstico  sem pensar no dia de amanhã.

    A maioria dos 'cortadores de lenha', por instinto de sobrevivência, vai abrindo clarões, mata adentro, em busca de plantas que possam produzir lenha e carvão, sem dar condições de regeneração à esse bioma. No semiárido potiguar, entre 2002 e 2009, a caatinga perdeu mais de 1,2 mil quilômetros quadrados.

    O monitoramento do Bioma Caatinga, feito pelo Ministério do Meio Ambiente, mostra que antes de 2002 esse bioma já havia perdido mais de 21,4 mil quilômetros quadrados. Segundo Barcellos, o plano de manejo florestal sustentável   vai fomentar "uma alternativa econômica, apesar da estiagem, e proteger o bioma caatinga". Dos biomas continentais brasileiros, presentes no Estado, a mata atlântica abrange 6% e a caatinga, 94% do território.

    Segundo Newton Barcellos, o projeto visa o fomento, a promoção e o estímulo à floresta de produção. Ele disse que "não se pode tratar o corte de árvores da caatinga somente de maneira policial". "A exploração florestal precisa existir", enfatizou o engenheiro florestal, "até porque não há como chegar para quem trabalha com a lenha e dizer: agora você deve mudar para o gás".

    No Estado, a indicação das áreas para a implantação dos planos de manejo foi feita por dois órgãos - o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/RN) e a Secretaria Estadual de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária (Seara/RN), a partir de edital publicado pelo governo federal. Concluída a fase da seleção, a SFB vai abrir a contratação de assistência técnica especializada por, no mínimo, três anos. A autorização de manejo é dada pelo órgão ambiental estadual, no caso, o Idema - Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente.

    Sem irrigação, produção ainda  é deficiente

    Ao percorrer onze municípios para a série "pelos caminhos da seca", a equipe da TN encontrou algumas plantações de palma, cactos que hoje é a fonte de sobrevivência do gado. Alguns, como o agropecuarista Fernando  Marinho, que durante 35 anos foi técnico da Embrapa, aplicam seus conhecimentos e tecnologias no cultivo da palma irrigada. Mas, esses, são poucos. Na grande maioria das terras, onde há há cultivo desse cactos, sem ter acesso às tecnologias de irrigação, o sertanejo aposta apenas na terra. Nem sempre a produção segura.

    E isso não acontece por falta de apropriação de novas tecnologias. Nos últimos anos, a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) expandiu e aprimorou pesquisas em diversas áreas, entre elas, o cultivo da palma adensada e irrigada, projeto inédito e pioneiro no país. "Nos últimos dois anos", destacou o presidente da Emparn, José Geraldo Medeiros da Silva, "os resultados em relação à apropriação dessa tecnologia são muito animadores".

    A Emparn desenvolve dois projetos de cultivo em Cruzeta, na região Seridó; em Pedro Avelino (terras Secas); e em Apodi. O cultivo, nos moldes do que é desenvolvido pela Emparn - irrigação por gotejamento - consome o mínimo de água possível (10 litros por metro linear), mantendo alta produtividade. A pesquisa que vem sendo conduzida (ainda não foi publicada) mostra que nesse sistema a eficiência da água é bem maior. Em outros plantios, gasta-se, pelo menos, dez vezes mais.

    Segundo José Geraldo, as cactáceas, de modo geral, chegam a consumir de 100 a 150 litros de água por quilo de matéria seca. Já as leguminosas gastam de 700 a 800 litros de água por quilo. As gramíneas consomem de 250 a 360 litros de água. A estimativa, disse ele, é de que esse sistema, de 50 mil plantas por hectare, atinja uma produção de 137 toneladas de biomassa por hectare.

    Em Apodi, segundo José Geraldo, a palma miúda pode atingir uma produção de 400 toneladas de biomassa por hectare, e a palma gigante de 500 toneladas por hectare. José Geraldo disse que, associados a concentrados, os cactos podem gerar uma boa produção de leite e engorda. Ele citou alguns exemplos: ao se alimentar de 50 quilos de xiquexique, em substituição à silagem de sorgo, uma vaca pardo-suíço chega a produzir até 15 litros de leite/dia.  

    Garrotes que se alimentaram de 15 a 17 quilos de xiquexique ou mandacaru, associado a sete quilos de silagem de sorgo e 1,7 quilos de concentrado ganharam em torno de ½ kg de peso por dia.  Os resultados não são muito diferentes no caso da palma. José Geraldo reconhece que, apesar da ampliação e do avanço das pesquisas, a aplicabilidade é ínfima, porque "falta sensibilidade ao governo para investir na aplicabilidade das pesquisas". "No caso das forragens", citou o técnico, "o índice de adoção não chega a 5%".

    Além do cultivo adensado e irrigado da palma, a Emparn desenvolve pelo menos 20 produtos de pesquisa, entre os quais o de produção e conservação de forragens; o manejo de capim elefante;  e o melhoramento genético animal, uma possibilidade, segundo José Geraldo, de alavancar, em nível de Estado, uma linhagem com alto grau de pureza e produtividade.

    Nordeste tem projetos bem avaliados

    Em, pelo menos três estados do Nordeste - Paraíba, Pernambuco e Piauí - a relação preservação e renda deixou de ser antagônica, há anos. O manejo florestal legalizado e sustentável da caatinga começou em 2006, com 13 projetos em Pernambuco e oito na Paraíba. Em Serra Talhada, no sertão pernambucano, o manejo de seis mil hectares de caatinga está sob os cuidados de 801 famílias de pequenos agricultores. Nesse estado, já são 18 assentamentos envolvidos no projeto. O investimento federal é da ordem de R$ 500 mil, por dois anos de contrato.

    "Lá os agricultores já estão criando uma cooperativa", destacou o chefe da Unidade Regional Nordeste do SFB, Newton Barcellos. O manejo florestal é feito com orientação de engenheiros florestais, contratados pelo SFB e obedece a critérios definidos por estudos científicos, realizados ao longo dos últimos 25 anos. A pesquisa resultou no livro "Uso sustentável e Conservação dos Recursos Florestais da Caatinga", de 2010.

    Barcelos explicou que o manejo leva em conta as características do bioma, analisa qual o melhor tipo de corte com a finalidade de fazer a vegetação crescer no menor tempo e fixa a proteção das árvores protegidas pela lei, como a baraúna e a aroeira;  as frutíferas, como o umbuzeiro; as utilizadas na alimentação do gado, como a quixabeira e as integradas à cultura popular, com destaque para o juazeiro. Além disso, 20% da área sob manejo é mantida em reserva legal.

    A área destinada ao manejo é dividida em 15 unidades. Apenas uma dessas poderá ter sua madeira cortada no ano. Depois, a mata desse lote ficará intocável por, no mínimo, 14 anos. "É o tempo suficiente para que a vegetação desse talhão se regenere", explicou Newton Barcelos. Ao autorizar o manejo florestal, o Idema emite o documento de origem florestal (DOC) para a comercialização da madeira e faz a fiscalização anual, antes de depois do corte.

    Ministério propõe ações para a recuperação do solo degradado

    Em Natal, na última quinta-feira, 31/05, o ministro da Agricultura,  Abastecimento e Pecuária (Mapa) Mendes Ribeiro Júnior adiantou que discutirá com a governadora Rosalba Ciarlini um pacote que prevê ações para a recuperação do solo. "Vamos discutir o projeto e ver locais onde precisamos de sementes e de calcário para poder recuperar o solo", afirmou Mendes Ribeiro. Até 2020,  o Ministério da Agricultura quer recuperar 15 milhões de hectares de áreas de pastagens degradadas em todo o país, em especial no semiárido.

    O Brasil possui cerca de 30 milhões de hectares de áreas de pastagens em algum estágio de degradação, com baixíssima produtividade para o alimento animal. O uso correto de tecnologias e de boas práticas agropecuárias torna possível reinseri-los ao processo produtivo. O calcário é utilizado como insumo agrícola para correção do solo.

    O projeto de incentivo à aquisição de calcário, que está previsto no Plano Safra 2011/12 e no Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), já foi iniciado em outras unidades da federação. O solo degradado é consequência da perda de sua capacidade física e química (fertilizantes) de continuar produtivo, o que o impossibilita de reter gás carbônico (CO2). Além do empobrecimento do produtor rural, a degradação ambiental impõe elevados custos à sociedade.

    Calcário na agricultura

    Com o tempo, o solo degradado vai se acidificando e é necessária uma dose de reforço, que vem exatamente com o uso do calcário. Além de corrige a acidez do solo, o calcário fornece nutrientes, como o cálcio e magnésio.

    O uso desse insumo permite que se preservem áreas tanto na produção de grãos, quanto para pastagem.
    Tribuna do Norte.


    sexta-feira, 1 de junho de 2012

    CADASTRO PARA COMPRA DE MILHO NA CONAB



     Cadastro para a compra do milho na Conab
    Os seguintes documentos; agricultor individual.
    Xerox
    Escritura
     INCRA
    Comprovante de residência
    DAP
    CPF e RG
    Declaração do rebanho (aftosa)

    Agricultores de crédito fundiário
    Xerox
    Escritura
    Estatuto
    Ata de posse
    INCRA
    Comprovante de residência
    DAP
    CPF e RG
    Declaração do rebanho (aftosa )

    Governo dá respostas às reivindicações do Grito da Terra


    Com a presença da presidenta Dilma Rousseff, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, anunciou, na tarde desta quarta-feira (30), no Palácio do Planalto, em Brasília, as respostas do Governo Federal para a pauta de reivindicações que compõe o Grito da Terra 2012. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência e dirigentes da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e das 27 federações estaduais , acompanharam o anúncio das medidas feito pelo ministro Pepe Vargas. A presidenta Dilma e  Pepe Vargas valorizaram a participação dos movimentos sociais nas discussões relativas ao Grito da Terra e ao novo Código Florestal. A presidenta afirmou que o governo não medirá esforços para garantir o acesso ao crédito para a safra 2012/2013, que passa de R$ 16 bilhões para 18 bilhões. “Se for preciso, nós ampliaremos este recursos para garantir crédito aos agricultores familiares”, destacou.

    Pepe Vargas anunciou a mudança  no crédito de instalação para habitação nos assentamentos, que passará a seguir as regras semelhantes ao programa Minha Casa, Minha Vida. O ministro enfatizou que esta alteração ainda está sendo elaborada de forma mais aprofundada junto aos movimentos sociais, Caixa Econômica Federal, Ministério das Cidades e Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Com a mudança, o valor disponível para a habitação nos assentamentos passa de R$ 15 mil para R$ 25 mil, com subsídio de 96%.

    O ministro antecipou, ainda, que não haverá contingenciamento de recursos  para a compra de terras para novos assentamentos. Pepe Vargas afirmou que serão disponibilizados R$ 706,5 milhões e que já está sendo definido um cronograma para a liberação dos recursos. O ministro lembrou que, deste montante, já foram liberados R$ 244 milhões: R$ 200 milhões para a emissão de título das propriedades e R$ 44 milhões para indenizações por benfeitorias. “Só estas indenizações viabilizam o assentamento de 11 mil famílias”, completou.

    Outra medida anunciada foi a ampliação  do limite de crédito para o Pronaf Semi-Árido, que passa de R$ 12 mil para R$ 18 mil. De acordo com o ministro, as medidas relacionadas à crédito serão anunciadas integralmente no Plano Safra.

    Um dos temas bastante cobrados pelos movimentos sociais - a assistência técnica - foi mencionada pela presidenta Dilma como uma meta de governo. Nesta direção, Vargas antecipou que o Governo Federal garante a liberação de mais R$ 300 milhões para assistência técnica e extensão rural (Ater). Com o descontingenciamento, o valor para Ater atingirá R$ 542 milhões.

    Ao final da reunião, o ministro Pepe Vargas sugeriu a criação de três grupos de trabalho para aprofundar a discussão sobre o Programa de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), sobre tributação para a agricultura familiar e para o aperfeiçoamento do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF)
    Fetarn.