São Paulo (AE) - O Congresso
Nacional concluiu na madrugada de ontem a votação da Lei do Orçamento do
ano que vem, atualizando o valor do salário mínimo em 2014 de R$ 722,9
para R$ 724. Apesar da previsão, o valor precisa ser definido por
decreto presidencial. Hoje, o salário mínimo é de R$ 678.
Presidenta Dilma: novo salário depende do fechamento do PIB
A presidente Dilma confirmou na manhã de ontem, em entrevista para
emissoras de rádio de Pernambuco, que o novo salário mínimo, vigente a
partir de 1º de janeiro de 2014, ficará entre R$ 722 e R$ 724, o que
representaria uma alta de 6,5% a 6,78% sobre os R$ 678 atuais. “A regra
da correção do salário mínimo depende do fechamento do PIB (Produto
Interno Bruto) e da inflação, mas dá para sabermos que ficará entre R$
722 e R$ 724. Se tivermos perto de R$ 724 arredondamos para cima, damos
uma força”, disse. “O pessoal pode ficar satisfeito antecipadamente”,
completou a presidente.
Impacto
Caso
seja sancionado pela presidente Dilma Rousseff, o novo salário mínimo
de R$ 724 deve representar um acréscimo de R$ 46 bilhões na economia
brasileira no ano que vem, de acordo com estimativa da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP). O reajuste de 6,6% representa aumento real de 0,8%, o
menor verificado nos últimos anos. Em 2013, o salário mínimo teve
aumento real de 2,7% e em 2012, de 7,6%.
A FecomercioSP
ressaltou, por meio de nota, que o salário mínimo foi a mola propulsora
da economia nos últimos anos - com exceção de 2013 - e isso não ocorrerá
em 2014. “Por isso, o ciclo de manutenção do aumento do PIB por meio do
consumo e do incremento do consumo devido a faixas emergentes de renda
se esvaiu”, disse. Para a entidade, o crescimento dependerá da “melhora
do ambiente de negócios e do aumento do investimento para manutenção do
nível de emprego no País”.
Segundo a FecomercioSP, a injeção de
recursos na economia brasileira com o 13º salário de 2014 vai
representar R$ 156,9 bilhões, por conta da expectativa de aumento de 2%
no número de trabalhadores com remuneração vinculada ao reajuste do
salário mínimo. Deste montante, cerca de R$ 32,7 bilhões deverão ser
destinados a compras.
Fonte: Tribuna do Norte
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