sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O APICULTOR



Editorial



“A agricultura é a arte de empobrecer alegremente”, ou lentamente, consoante a versão, certo é que a apicultura resolveu adoptar esse lema.
Se perguntarmos aos apicultores das várias regiões do nosso país como foi a produção deste ano, a maioria responde que” não foi má”, ou ”podia ter sido melhor”, ou não houvesse expressões mais portuguesas para falar dos nossos rendimentos.
A culpa, além do suspeito do costume: o S. Pedro, cada vez mais passa pela sanidade apícola, onde a Varroose e o Sindroma do Despovoamento de Colmeias (ultimamente com o crescente protagonismo dos pesticidas utilizados na agricultura) assumem o papel principal. Apicultores, associações, investigadores e laboratórios desdobram-se em iniciativas para minorar os efeitos destas moléstias, apesar da cada vez mais ténue luz ao fundo do túnel.
Apesar disso, é surpreendente o número de novos apicultores e de projectos apícolas que têm surgido nos últimos meses, fenómeno que já se reflecte na procura e no preço das colónias de abelhas. Valha-nos o facto de pelo menos o futuro do sector estar assim garantido, ou não?
Uma boa notícia deve-se ao número crescente de apicultores que começam a optar pela diversificação dos produtos da colmeia, nomeadamente o pólen e o própolis. Iniciativa que não só aumenta a capacidade de resposta das explorações às tendências do mercado, como também vai dotar o sector de experiência e materiais para os novos desafios.
A palavra de ordem dos tempos que correm é a POUPANÇA, conselho que deixo aos apicultores para que ponderem cada investimento, acção ou decisão que operem nas respectivas explorações tendo em vista evidentemente um saldo positivo…

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