O dia hoje será de mobilizações para os trabalhadores rurais de todas as regiões do Rio Grande do Norte.
Agricultores se reunirão nesta manhã, em Natal, para participar do
movimento ‘Grito da Seca: sede de água, sede de direitos’. Com
manifestação marcada para as 8 horas, partindo do viaduto de Ponta
Negra, o movimento cobra ações do Governo do Estado em relação aos
problemas provocados pela seca que castiga o povo potiguar.
Capitaneados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do
Estado do Rio Grande do Norte (FETARN), em parceria com o Fórum do Campo
Potiguar (FOCAMPO), cerca de cinco mil trabalhadores devem seguir, em
caminhada, para o Estádio Arena das Dunas, onde deverá ocorrer um ato
público. Em seguida, o grupo se destina para o Centro Administrativo.
A organização do manifesto anunciou que vai entregar uma pauta de
reivindicações à governadora Rosalba Ciarlini, destacando pontos como a
assistência técnica, os recursos hídricos, a questão da terra, a
concessão de crédito aos agricultores, a segurança e a educação no
campo. Um dos maiores problemas enfrentados pela comunidade rural hoje é
a falta de uma política definida de convivência com a estiagem.
Um levantamento realizado pela Fetarn aponta que os prejuízos
provocados pela seca à economia potiguar chegam aos R$ 5 bilhões. Após a
mobilização, os agricultores vão continuar em Natal para negociar com
outros órgãos, como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA) e a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).
REIVINDICAÇÕES
O movimento Grito da Seca: sede
de água, sede de direitos tem uma pauta de mais de 50 reivindicações.
Entre as principais estão a criação de uma política de recursos hídricos
para universalizar o acesso a água no Rio Grande do Norte; a
implementação de um programa estadual de assessoria técnica permanente
aos assentamentos e comunidades; a estruturação dos órgãos de assessoria
e pesquisa; a ampliação do programa de distribuição de alimentos para
os rebanhos; a renegociação de dívidas e o financiamento para
estruturação produtiva da agricultura familiar; e a desapropriação de
imóveis rurais pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA).
Gazeta do Oeste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário