sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ASA representa Brasil em evento sobre gestão comunitária de água


 Continente com a maior disponibilidade de água por pessoa, a América Latina contabiliza mais de 50 milhões de pessoas sem acesso à água de qualidade e um número maior ainda que não desfruta do serviço de saneamento. O acesso à água foi reconhecido pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), em 2010, como um direito humano essencial à vida. Para encontrar respostas para este problema, a sociedade civil latina americana tem desenvolvido experiências de gestão comunitária de água. As organizações que cuidam da gestão de água em 15 países latinos estão reunidas desde quarta-feira (18) até amanhã (20), no III Encontro Latinoamericano de Gestão Comunitária de Água e Saneamiento, que acontece na cidade de Cuenca, no Equador. O objetivo do encontro é fortalecer estas iniciativas e promover a troca de experiências e aprendizados neste campo.
O Brasil é representado pela Articulação no Semiárido (ASA), uma rede de mais de mil entidades da sociedade civil que atuam na região semiárida propondo e executando políticas públicas de acesso à água. Um dos eixos centrais do trabalho da ASA é estimular a organização política das comunidades rurais para garantir água potável ao lado de casa, entre outras conquistas que permitem uma vida digna no campo para famílias agricultoras. Através da ASA, mais de um milhão e meio de pessoas desfrutam de mais de seis bilhões de litros de água acumulados em cisternas de 16 mil litros.
No primeiro dia do evento, a ASA participou de uma mesa que discutiu a associação comunitária de água para consumo humano. Os coordenadores executivos da ASA pelo estado de Alagoas, Mardônio da Graça, e de Minas Gerais, Marilene Souza, contribuíram com o debate sobre os desafios naturais das organizações comunitárias com esta finalidade.
Uma das apoiadoras do evento, a Avina estima que existam mais de 80 mil Organizações Comunitárias de Serviços de Água e Saneamento (Ocsas) no continente. Segundo o Banco Mundial, estas organizações gerenciam o acesso à água para mais de 40 milhões de pessoas e têm capacidade de atender a mais 18 milhões.
“Além de contribuir para melhorar a saúde de suas comunidades ofertando água segura, as Ocsas promovem valores democráticos, fomentan a liderança feminina, contribuem com a proteção do meio ambiente e o uso racional da água. As Ocsas não são atores transitórios e vêm dando uma resposta histórica com alto conteúdo social, muitas vezes não reconhecida, nem coordenada de forma adequada pelos Estados”, atesta um trecho de um documento circulado entre os palestrantes do encontro.
O evento está sendo organizado pela Confederação Latinoamericana de Organizações Comunitárias de Serviços de Água e Saneamento (Clocsas).
Para mais informações, acesse: http://www.aguanuestra.org
FONTE: ASA BRASIL

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